segunda-feira, 26 de setembro de 2011

TOP 10: Jogos de Castlevania

Nesse mesmo dia de 1986, um clássico no mundo dos games nasce. Pelas mãos da grande gigante japonesa, a Konami, a luta entre o bem e o mal toma mais uma forma. Estou falando da grande franquia Castlevania, que ganhou vida em um console japonês desconhecido pelo ocidente e, logo depois, ganhou adaptação para NES.

O post de hoje é para mostrar os 10 melhores jogos da série ganhadora de 23 oscars.



Em 10º Lugar: Legacy of Darkness


Muito fãs dos games clássicos de NES e SNES torceram o nariz quando viram as aventuras góticas de Castlevania fazerem a dura transição do 2D para o 3D quando Castlevania para Nintendo 64 foi revelado ao mundo pela primeira vez - ainda mais se levarmos em consideração que Symphony of the Night ainda deixava muita gente alucinada naquela época.

As aventuras de Reinhardt Schneider e Carrie Fernandez tiveram seus pontos positivos. Poucos, mas tiveram. Mas foi em Legacy of Darkness que a Konami acertou a mão mesmo. O game veio com uma taxa de quadros por segundo melhorada - por conta do uso do expansor de memória -, além de trazer como protagonista um dos caras mais legais da série, o lobisomem Cornell.

Sei que ainda assim houveram muitas reclamações, pois a câmera continuava a ser a maior inimiga, mas não podemos culpar os caras por não tentarem. A trama segue forte pelo meio do século 19, onde o lobisomem com pelugem azul clara tenta desesperadamente salvar sua filha, Ada, de ser usada como sacrifício para que o antagonista número um de toda série, Dracula, visse a luz do dia mais uma vez.

Em 9º Lugar: Bloodlines


A inserção da série no console da SEGA veio acompanhada de muitas mudanças. Primeiramente, a trama saiu da era medieval, pela primeira vez, para ser contada em um período que precede a segunda guerra mundial. Logo após a primeira fase do jogo, que passa-se no castelo de Dracula, os jogadores fazem uma viagem pela Europa, visitando a Grécia, Itália, Alemanha, França e Inglaterra. Esse tour, claro, não pode ser sentido de maneira muito dramática, já que o estilão da arquitetura de Castlevania não muda muito e continua sendo caracterizado fielmente dentro das fases.

Bloodlines também trouxe dois protagonistas principais para a série, ambos com backgrounds que se interligam. O primeiro, o texano John Morris, é o herdeiro do lendário chicote Vampire Killer, obtendo o artefato por ser da linhagem Belmont. John é filho de Quincey Morris, o que mostra a conexão que Bloodlines criou com o clássico livro Dracula, de Bram Stroker. O lançamento de Bloodlines foi em 1994, dois anos após a adaptação de Dracula para as telonas, feita por Coppola.

O enredo de Bloodlines pesa muito em Portrait of Ruin, que estrela o filho de John Morris, Johnathan, como protagonista. Morris morreu por sair ferido de sua batalha com Dracula, já que o chicote suga a energia do portador que não possui sangue completamente Belmont.

O outro protagonista e personagem jogável de Bloodlines, o espanhol Eric Lecarde, também possui sangue Belmont, mas porta a lança criada por Alucard. Eric acabou ganhando outra cara na hora de localizarem Bloodlines para a Europa e América do Norte, já que a androgenia da série já se fazia presente, mostrando Eric de maneira mais feminina. Os motivos de Eric dentro da trama também possuiam um sentimentalismo maior, já que ele buscava uma cura para seu amor. Além de mudarem deliberadamente os pixels do rosto de Eric na hora da localização, o jogo até trocou de nome virando Castlevania: The New Generation.

Foi aqui que Michiru Yamane, a compositora de vários outros games da série, como Symphony of the Night e Aria of Sorrow, fez sua estreia. A música criada por Michiru para a segunda fase de Bloodlines, The Sinking Old Sanctuary, foi usada em Circle of the Moon e Legacy of Darkness, entrando para a lista de músicas recorrentes da série.

Em 8º Lugar: Chronicles


Remake do clássico game de PC Engine, Castlevania Rondo of Blood, The Dracula X Chronicles, de PSP, foi uma ótima oportunidade para que os fãs viessem a conhecer o verdadeiro prólogo de Symphony of the Night. O game mantém as raízes do original em termos de jogabilidade, mas atualiza os gráficos para belas renderizações em três dimensões.

O pacote de PSP é ainda mais especial pois além de incluir o jogo original, traz a melhor versão existente daquele que é considerado o maior Castlevania de todos os tempos, o aclamado Symphony of the Night.

Mas melhorias são pertinentes: O game foi totalmente retraduzido e redublado, e além de trazer como personagem jogável Maria Renard - antes só possível na rara versão de Sega Saturn - também engloba todos os familiares presentes na versão original de SotN (e não são poucos).

Rondo of Blood conta a história do segundo Belmont mais famoso da linhagem, Richter, em uma busca ensandecida por sua amada abduzida por Conde Drácula. Muitas criaturas que ficaram extremamente famosas em iterações futuras fizeram sua aparição aqui. Apesar da arte original trazer traços mais recorrentes às animações japonesas, a versão de PSP foi agraciada com belíssimas criações de Ayami Kojima.

Em 7º Lugar: Lament of Innocence


A expectativa pela estreia de um Castlevania para consoles de 128 bits era grande. Circle of the Moon revigorou os ânimos que os dois títulos de Nintendo 64 não puderam saciar. Portanto, Lament of Innocence chegou com muitas expectativas.
A história volta bastante no passado, mais precisamente para o século 11. O jogador assume a forma de Leon Belmont, o primeiro da linhagem de nobre cavaleiros.

Leon e seu fiel camarada, mestre de estratagemas e exímio literato, Mathias Cronqvist, colecionavam conquistas pela Europa Média, até que. ao voltar de uma busca, recebem a notícia que mudou suas vidas para sempre: Por motivos misteriosos, a esposa de Mathias, Elisabetha, veio a falacer. O nobre barão então caiu em luto profundo e veio a adoecer. Desastre atacou as terras dos Belmont mais uma vez quando uma horda de monstros atacou ferosmente o local. Durante o ataque, a amada de Leon, Sara, fora sequestrada. Nada mais importava ao nobre cavaleiros, que renunciou seu título e posses para perseguir a criatura responsável por tal atrocidade.

Lament of Innocence conta com uma gama de personagens muito bons, como Rinaldo Gandolfi, o alquimista que ajuda Leon em sua busca, Walter Bernhard, o vampiro maldito que vive nas catacumbas do castelo de Draculo e diversos outros. A jogabilidade é mais voltada para a ação e, infelizmente não são mais computados níveis de evolução.

Os itens clássicos da série como facas água benta e cruzes estão de volta e podem ser usadas de inúmeras formas, de acordo com um poder associado a eles. A trilha sonora continua estupenda e toda produção exala o estilo gótico tão predominante e amado pelos fãs. Infelizmente, seu sucessor, Curse of Darkness, não fez tanto sucesso quanto as aventuras do primeiro membro do clã Belmont.

Em 6º Lugar: Super Castlevania IV


Na teoria, Super Castlevania IV é o remake do primeiro Castlevania, para o Nintedinho. Na prática, é um jogo completamente novo. A recriação das aventuras de Simon Belmon através de novos níveis, com novas tecnologias, fez bonito no Super Nintendo. Se você for testar os títulos hoje em dia, o original possui alguns problemas clássicos, como pulinho travado. Já em Super Castlevania IV, esse problema some, dando lugar a algumas novidades na jogabilidade.

A mais legal de todas, de longe, é como Simon utiliza seu chicote. A arma mais parece uma extensão do braço do caçador de vampiro, de tantas maneiras que pode ser usada: Matenha o botão de ataque pressionado e tenha a opção de lançar seu chicote, com o braço de Simon extendido, em várias direções. Use os ganchos como meio de transporte, utilizando o chicote. Ataque em oito direções diferentes.

Todas essas mudanças facilitaram muito a vida dos fanáticos por Castlevania que sofreram com a versão de NES, que era um desses games com ênfase enorme em precisão e tempo. Os games que sucedem Super Castlevania IV (como Bloodlines e Rondo of Blood) seguem mais a linha do pobre nintendinho, limitando os movimentos dos protagonistas.

A arte do game ficou impecável no Super Nintendo. A repaginação dos novos níveis junto das tecnologias que na época eram consideradas estado da arte, resultou em ambientes magníficos para acompanhar a aventura gótica. Uma das fases leva o jogador para plataformas, com um lustre feito em pseudo-3D no fundo, com luzes piscando lentamente. Antes, seria impossível renderizar isso em 8-bits.

O bestiário de Super Castlevania IV continua tendo referências a filmes de horror norte-americanos, folclore europeu e mitologia grega. Um dos chefes encontrados pelo game é a representação do monstro de Frankstein e outro é a Múmia, monstro clássico mitológico e da literatura.

Em 5º Lugar: Aria of Sorrow


Aria of Sorrow foi o terceiro game da série a ver a luz do dia no Game Boy Advance, após Circle of the Moon e Harmony of Dissonance. A maior diferença entre ele e os outros títulos da série é seu enredo que, pela primeira vez, tem uma caráter mais futurista - mas não espere nenhuma referência a tecnologias pela aventura de Soma Cruz, isso fica apenas por conta da mudança de ares do enredo.

Isso surgiu a partir da premissa diferente de Aria of Sorrow, que não circulava acerca de Belmont ou a destruição Dracula (não logo de início). O castelo de Dracula havia sido banido em 1999, por um eclipse solar. 30 anos após o ocorrido, Soma Cruz, no Japão, é teletransportado para o castelo do maligno vampiro. Ao topar com algumas outras personagens que acabaram ficando presas por lá, Soma consegue descobrir a lenda de Dracula.

Como o protagonista da série não é descendente de nenhum caçador de vampiro, as armas utilizadas por ele são achadas pelos níveis do game, que incluem machados e espadas.

O sistema de Tactical Soul, que possibilita a coleção de almas de inimigos que foram destruidos, adiciona bastante elementos de estratégia no game, aumentando no nível de replay (além do fato do game possuir diversos finais, dependedo das escolhas dos jogadores).

Diferente de Harmony of Dissonance, que esteve em desenvolvimento em período muito próximo de Aria of Sorrow, a aventura de Soma Cruz tem uma trilha sonora composta por Michiru Yamane. O produtor da série, Koji Igarashi, já havia admitido que em Harmony of Dissonance a qualidade do áudio teve de ser sacrificada, para ter foco na jogabilidade.

Em 4º Lugar: Lords of Shadow


Os fãs mais apaixonados podem dizer que "Se não tem música de Castlevania, não é Castlevania". Fora a arma e o sobrenome que o caçador Gabriel Belmont carrega, poucas são as semelhanças com os games mais antigos da franquia. Lament of Innocence pode ser citado como influência no método de combate usado por Gabriel, e isso é só um dos poucos exemplos.

Aqui, o inimigo não é mais Dracula. Os motivos religiosos e a questão de céu e inferno dominam o game. Nas mãos de Hideo Kojima, Castlevania acabou tornando-se uma produção gigantesca, com gráficos e jogabilidades avançadas e aplicadas, devidamente, às tecnologias dos consoles atuais.

Castlevania é exatamente o que parece: um re-boot gigantesco na série. Gabriel apresenta-se como o primeiro da linhagem Belmont, fato que é cronologicamente improvável dentro da franquia Castlevania.

A ideia original de Lords of Shadow era recriar as primeiras aventuras de Simon Belmont, mas Kojima já contou em entrevistas que a ideia acabou não se concretizando. Ainda assim, dá para perceber que a armadura de Gabriel lembra um pouco a de Simon, em Simon's Quest.

O brilho real de Lords of Shadow é que, mesmo criando um reboot na série, o game conseguiu se destacar tanto pela jogabilidade quanto pelo enredo, que leva Gabriel Belmont a aventuras desesperadas em busca do equilíbrio de um mundo destruido.

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Agora o TOP 3!!!

Em 3º Lugar: Order of Ecclesia

O terceiro game da franquia a dar as caras no DS teve alguns aspectos bem especiais quando surgiu. Diferente de Dawn of Sorrow (sequência de Aria of Sorrow) e Portrait of Ruins (sequência de Bloodlines), Order of Ecclesia deixou o estilo anime de lado, com a novata Masaki Hirooka criando o um design mais gótico e menos andrógeno para os personagens.

O enredo do game passa após os acontecimentos de Symphony of the Night, quando a clã Belmont some. A tal Order of Ecclesia surge como um exército, para derrotar Dracula em seu eventual retorno. Shanoa, a primeira mulher a aparecer como protagonista na série, é a escolhida como vessel para os experimentos com glyphs mágicos.

Order of Ecclesia acabou sendo um misto entre a genialidade de Symphony of the Night e Simon's Quest. A alta dificuldade do game, junto do novo sistema de glyphs, que possibilitam que Shanoa tenha novas habilidades, dão uma cara nova e mais de RPG a série, provando que Igarashi realmente conseguiu inovar dentro de Castlevania.

A mudança de protagonista, assim como a mudança enorme na jogabilidade, redefiniu a natureza dos combates de Castlevania.

O game também brinca com o método Simon's Questiano de se locomover entre os ambientes, no lugar da mágica que Portrait of Ruins usava.

Em 2º Lugar: Dracula's Curse

Castlevania 2 Simon´s Quest foi um game muito, muito difícil. Não por conta daqueles elementos de plataformas incríveis e revolucionários do Castlevania original, ou por conta de monstros causadores de danos absurdos ou nada disso, mas sim por sua precariedade em introduzir a série novos elementos. Elementos esses, diga-se de passagem, que são muito originais e inventivos a primeira vista, mas que caem por terra logo nas primeiras jogadas.

Tentando se redimir de todos os problemas de Simon´s Quest, a Castlevania nos agraciou com um dos melhores títulos da série até hoje, Castlevania 3: Dracula´s Curse. Não, você não está enganado, estou me referindo ao jogo de 1989.

A trama se desenrola em 1476, quando Dracula ressurge mais uma vez e traz consiga uma trupe de monstruosidades como nunca antes vista. A família Belmont, exilados nos confins da Europa, são encontrados pela igreja, que suplica por ajuda.

No papel de Trevor Belmont, você terá que, mais uma vez, erradicar a escuridão e trazer a luz. Com gráficos absurdos até hoje (jogue e confira), versões ainda melhores de clássicos da trilha sonora como Vampire Killer, elementos de plataforma ainda mais exigentes, porém justos, Dracula´s Curse traz uma inovação que surpreende muita gente até hoje: Diversos personagens jogáveis.

Além de poder escolher por caminhos diferentes no decorrer da aventura, Trevor irá se deparar com Grant, Sypha e - pasmem - Alucard (isso mesmo, o protagonista de SotN em pessoa) e pode fazer uso de suas habilidades para seguir caminho. Os personagens são bem diferentes uns dos outros, onde, por exemplo, Alucard pode se transformar em um morcego e Sypha pode congelar inimigos e
transformá-los em novas plataformas.

Imaginem isso há mais de 22 anos atrás. Simplesmente revolucionário e obrigatório para todo e qualquer fã da franquia.

Em 1º Lugar...

Symphony of the Night

Depois de trazer muitos novos fãs para a franquia com Super Castlevania 4, a Konami resolveu definitivamente dar a atenção devida a série de monstros e arquitetura gótica de plataforma tão amada por jogadores do mundo todo. Em 1997 o mundo foi agraciado com Castlevania Symphony of the Night (no Japão, Demon Castle Dracula X: Nocturne in the Moonlight - belo nome, não?), considerado por muitos o melhor jogo da franquia, um dos melhores jogos da geração 32 bits e, porque não, um dos melhores jogos de todos os tempos.

O game segue mais uma vez a cronologia da série, descorrendo-se em 1797, 5 anos após os eventos de Rondo of Blood. No começo do game, os jogadores assumem o papel de Richter Belmont, minutos antes deste derrotar o terrível demônio sugador de sangue também conhecido como Dracula.

Misteriosamente, o último descendente dos Belmont some misteriosamente da fase da terra. O mundo encontra-se em paz. Depois de um torpor que levou séculos, o progenitor do demônio ressurge para investigar se seus institos estão realmente certos.

Alucard (leia ao contrário) invade o castelo do próprio pai, afim de por um basta definitivo nas tentativas do padre negro Shaft de reerguer seu senhor. Como já vimos em Dracula´s Curse, Alucard não faz parte do fã clube bestial do Conde maldito, muito pelo contrário, ele não suporta seu pai. Unindo forças a bruxa branca Maria, Alucard parte em sua busca definitiva pela redenção de sua linha sanguínea bestial.

Muitos são os elementos que fazem deste um clássico atemporal: Os impecáveis gráficos totalmente em 2D, ricamente animados e coloridos; vozes precisa e bem atuadas - ao menos na versão japonesa; trilha sonora orquestrada - e muito bem orquestrada -, composta mais uma vez pro Michiru Yamane; e o melhor, jogabilidade totalmente reformulada.

Baseando-se no clássico da Nintendo, Metroid, Castlevania investiu em fortes elementos de evolução do personagem, indo ainda muito mais além: A customização é enorme, e o jogador pode escolher equipar armas - uma para cada braço -, armaduras, acessórios, relíquias e muito mais. Existe uma barra de pontos de mágica e é possível acioná-las com comandos semelhantes a games de luta como Street Fighter e The King of Fighters. Há um castelo enorme para ser explorado e conquistado, repleto de segredos, monstros, personagens estranhos e chefes enormes e incríveis. Sejamos honestos: o sujeito que se considera jogaro de videogame e nunca tentou SotN não merece muito em sua vida vil e pagã. Clássico dos clássicos!

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